
Catar diz na ONU que continuará esforços para conseguir trégua em Gaza

O emir do Catar disse nesta terça-feira (23), perante a Assembleia Geral da ONU, que seu país continua com os esforços diplomáticos para negociar o fim da guerra em Gaza, apesar dos recentes ataques de Israel.
O xeque Tamim bin Hamad al Thani condenou o ataque "traiçoeiro" realizado por Israel em seu país, voltado contra as lideranças do Hamas que estavam em um centro residencial em Doha, onde mantinham um escritório de representação.
O Catar, junto com Egito e Estados Unidos, havia liderado esforços para negociar um cessar-fogo entre Israel e Hamas, com várias rodadas realizadas em Doha, mas sem resultados.
"Ao contrário do que afirma o primeiro-ministro de Israel, este ataque não corresponde ao direito legítimo de perseguir os perpetradores de atos terroristas" e "mina qualquer esforço diplomático destinado a pôr fim ao genocídio contra o povo de Gaza", disse o xeque catari perante a Assembleia.
Mas "continuaremos com os esforços diplomáticos mesmo quando, para nossos inimigos, parece que é mais fácil recorrer às armas", afirmou o emir.
O Catar surgiu como um mediador confiável para as partes após o ataque brutal do Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel, no qual fez 251 pessoas como reféns, e que desencadeou a devastadora resposta militar israelense em Gaza.
O emir também acusou Israel de "abandonar a ideia de libertar os reféns".
"Seu objetivo é destruir Gaza para que seja inabitável" e disse que o líder israelense "quer continuar a guerra".
F.S.Ferrari--INP