
EUA desmantela rede capaz de colapsar comunicações em Nova York durante Assembleia Geral da ONU

O Serviço Secreto dos Estados Unidos informou, nesta terça-feira (23), que desmantelou uma rede com mais de 100.000 cartões SIM e 300 servidores que poderiam ter colapsado a rede de telecomunicações de Nova York, onde ocorre a Assembleia Geral da ONU.
Os debates de alto nível na ONU começaram nesta terça-feira em Nova York com os discursos dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump.
A agência de segurança não forneceu a identidade dos responsáveis pela construção da rede, mas informou que são "indivíduos conhecidos pelas forças de ordem federais".
A ABC News afirmou, com base em uma fonte policial, que este caso "está relacionado com o Governo chinês".
"Além de fazer ameaças telefônicas anônimas, esses dispositivos poderiam ser usados para realizar uma ampla gama de ataques às telecomunicações", incluindo "desativar torres de telefonia celular, permitir ataques de negação de serviço e facilitar a comunicação anônima e criptografada entre possíveis atores maliciosos e organizações criminosas", afirmou a agência em um comunicado.
O agente especial do Serviço Secreto Matt McCool afirmou que a agência estava "trabalhando para identificar os responsáveis e suas intenções, incluindo se seu plano era interromper a Assembleia Geral da ONU", já que os dispositivos, 300 servidores e cerca de 100.000 cartões SIM, foram encontrados dentro de um raio de 56 quilômetros da sede das Nações Unidas.
"Dado o momento, a localização e o potencial de interrupção significativa da rede de telecomunicações de Nova York que esses dispositivos representavam, a agência agiu rapidamente para interromper essa rede", afirmou o comunicado.
O jornal The New York Times informou que os investigadores encontraram vínculos entre os dispositivos e "pelo menos um país estrangeiro", assim como com membros de cartéis de drogas.
Segundo McCool, nenhuma prisão foi efetuada até o momento.
O.R.Lucchese--INP